Mesmo quando não reconheceu em William B. Travis capacidade de comando ao pequeno grupo sediado no forte (este parece ser um ponto pouco consensual), David Crockett, após hesitação, cerrou fileiras e ajudou a defender a antiga “Misión San Antonio de Valero”, depois rebaptizada por Alamo (nome herdado dos espanhóis), com a sua própria vida.
As forças do mexicano General Antonio López de Santa Anna, que se diz terem sido compostas por 7 mil homens, após algumas tentativas pôs fim à defesa do forte por parte dos menos de 200 alinhados texanos que, sem reforços que chegassem a tempo, ali se encontravam para o defender. Conseguiram entrar, embora por lá não viessem a permanecer por longo tempo.
A batalha em Alamo, a missão transformada em forte na guerra da secessão da União Mexicana, com avanços e recuos até à incorporação no Texas de uma boa parte do território (ao tempo, na República do Texas, hoje estado federado do Texas), foi um um dos eventos que ajudou a construir a quase inexistente história dos E.U.A. Diria melhor, com a grandeza e os séculos das páginas da história europeia.
D. Crockett é uma das figuras do imaginário dos que viveram a época dos filmes de cowboys.
Boca a olhar para o lado, como se estivesse sempre a falar para ninguém o perceber, braços em arco, sempre prontos a sacar os revólveres, mesmo quando os não possuía, andar gingão esquisito, deixando-nos a dúvida se era marca comercial de artista, alguns resquícios de acidente na coluna, ou vício um pouco mais ao fundo, David Crockett marcou uma época.
Estou a misturar, propositadamente, a histórica lendária figura com John Wayne, o não menos lendário actor americano de cinema, claro.
John Wayne produziu, realizou e interpretou o filme “The Alamo”, segundo parece tão fiel aos relatos do que se passou no forte, quanto foi possível.
Ainda bem que aconteceu a escaramuça em Alamo, digo eu.
Com a capacidade que é reconhecida aos americanos para fazerem películas onde há cheiro a dinheiro, para além de também serem viciados no cheiro do petróleo (bem pesquisado, chegar-se-ia à conclusão que Alamo aconteceu por causa de deitarem cheiro a ambos), ficamos com uma obra prima do cinema que, com as novas técnicas da digitalização e remasterização em DVD, podemos ir revendo com boa qualidade de imagem e som.
Além deste filme, foram relançados outros na colecção “100 anos”, celebrando um século de cinema.
Comprei mais alguns. Os que me diziam alguma coisa e gostaria de possuir na minha “DêVêDóteca”.
The Alamo, o forte, actualmente é um museu.