segunda-feira, 21 de abril de 2008

1ª Escapadinha a Gent, Ghent ou Gand


Acordar meio tonto com a previsão de mais um dia de chuva, deitei um olhar receoso pela janela e dou com o sol resplandecente a querer atravessar a parede, sem uma única nuvem, olhar feliz pelo riso de olho a olho, rápido pequeno almoço e duche, quase saía meio nú, montado no rodinhas, direito a uma cidade que fica a menos de 60 Kms, não fosse o dito esconder-se outravez nalguma nuvem permanente.

E pouco faltou!

Pela Bélgica há um dado assente quanto à arquitectura urbana: manutenção da traça histórica, apenas ocasionalmente rompida por um ou outro rectângulo a romper o céu.

Isto, que quanto a mim é positivo, tem a desvantagem de parecer transportar-mo-nos sempre à mesma cidade, qualquer que ela seja.

Bom, corrija-se, foi uma fugida muito rápida, sem poder ver muita coisa.
A bandeira portuguesa, está lá.



Também nesta cidade parece que a Igreja católica se deu muito bem há alguns séculos. Em cada cinco edifícios, sete são igrejas ou já foram ou exteriorizam traça e motivos com forte influência religiosa. Imponentes na riqueza do seu interior e na exuberância do seu tamanho. Várias torres e picos de igrejas parecem querer chegar aos céus antes dos que passam pelo seu interior.

E parecem levar o ensinamento religioso à letra. Muitas igrejas, que me pareciam conter bons motivos de visita, estavam fechadas.

Domingo é dia descanso, presumo.

Na igreja de "Sint Baafs" (? Fiquei como vocês, juro!) surpreendeu-me um tríptico (embora não fosse de dobrar-se) em madeira com o escudo português ao meio. À entrada, sinalização de proibição de fotografar e de filmar e, espantem-se, de entrada de turistas (?!). De um e outro lado, duas divisões para cobrar a venda de postais e literatura diversa. Perguntei se poderia tirar fotos só aos vitrais. Uma loira de dentro da “barraca” das vendas e um seu companheiro que parecia vindo de um concurso de bigodes, confirmaram a proibição mas... que tudo dependeria da minha habilidade. Aceitei, mas a medo, que não gosto de pisar o risco. E sempre é mais uma desculpa para a qualidade do que vos trago.
Qual Cardeal D. Henrique, nem todos os presos têm a mesma sorte deste!
Vejam, no seu olhar, o sofrimento por que está a passar!



Hora de aviso do estomago sobre os buracos que por lá estavam, um a pedir comida e outro líquido, encostei-me a um bar. Sandwiche de vegetais com camarões fritos e uma cerveja premium lager BLACK HOLE, fresquinha. O seu nome serviu para cobrir o estraganço dos camarões fritos em manteiga (baghh). Foi uma verdadeira fonte de luz.

Fiquem com ESTE LINK TURÍSTICO e com




Até ao próximo (post, pois claro!).