sábado, 22 de setembro de 2007

Almoço de sábado



Anda por "este meu burgo" um caminhante que, para além de uns textos com piadas, também faz alguma coisa de útil ;) .

Um destes dias, fui até ao burgo dele e… resolvi copiar Este Roteiro Gastronómico para o meu almoço de hoje.

A receita dele é para cinco pessoas.

Como me fartei de andar a pé e me comecei a lembrar de como a minha mãe fazia tal prato (já saboreava o almoço, ainda o não tinha começado a fazer), resolvi dividir as quantidades por cinco e multiplicar por dois.

Só que… quando cheguei à mesa, era 3 a comer (não há erro, não falta nenhuma letra).

Depois do almoço e do café, lá veio um single malt 15 anos fazer-me companhia.

Ainda mal me posso mexer.

Ah! A alma angolana pediu-me para lhe deitar piri-piri. Num arroz como aquele… tinha que ser, para melhor empurrar a cerveja “instupidamente gelada” que o Verão, ao passar por cá para se despedir, obrigou a servir-me.

Bom apetite.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

The Alamo

Mesmo quando não reconheceu em William B. Travis capacidade de comando ao pequeno grupo sediado no forte (este parece ser um ponto pouco consensual), David Crockett, após hesitação, cerrou fileiras e ajudou a defender a antiga “Misión San Antonio de Valero”, depois rebaptizada por Alamo (nome herdado dos espanhóis), com a sua própria vida.

As forças do mexicano General Antonio López de Santa Anna, que se diz terem sido compostas por 7 mil homens, após algumas tentativas pôs fim à defesa do forte por parte dos menos de 200 alinhados texanos que, sem reforços que chegassem a tempo, ali se encontravam para o defender. Conseguiram entrar, embora por lá não viessem a permanecer por longo tempo.

A batalha em Alamo, a missão transformada em forte na guerra da secessão da União Mexicana, com avanços e recuos até à incorporação no Texas de uma boa parte do território (ao tempo, na República do Texas, hoje estado federado do Texas), foi um um dos eventos que ajudou a construir a quase inexistente história dos E.U.A. Diria melhor, com a grandeza e os séculos das páginas da história europeia.

D. Crockett é uma das figuras do imaginário dos que viveram a época dos filmes de cowboys.

Boca a olhar para o lado, como se estivesse sempre a falar para ninguém o perceber, braços em arco, sempre prontos a sacar os revólveres, mesmo quando os não possuía, andar gingão esquisito, deixando-nos a dúvida se era marca comercial de artista, alguns resquícios de acidente na coluna, ou vício um pouco mais ao fundo, David Crockett marcou uma época.

Estou a misturar, propositadamente, a histórica lendária figura com John Wayne, o não menos lendário actor americano de cinema, claro.

John Wayne produziu, realizou e interpretou o filme “The Alamo”, segundo parece tão fiel aos relatos do que se passou no forte, quanto foi possível.

Ainda bem que aconteceu a escaramuça em Alamo, digo eu.

Com a capacidade que é reconhecida aos americanos para fazerem películas onde há cheiro a dinheiro, para além de também serem viciados no cheiro do petróleo (bem pesquisado, chegar-se-ia à conclusão que Alamo aconteceu por causa de deitarem cheiro a ambos), ficamos com uma obra prima do cinema que, com as novas técnicas da digitalização e remasterização em DVD, podemos ir revendo com boa qualidade de imagem e som.

Além deste filme, foram relançados outros na colecção “100 anos”, celebrando um século de cinema.

Comprei mais alguns. Os que me diziam alguma coisa e gostaria de possuir na minha “DêVêDóteca”.

The Alamo, o forte, actualmente é um museu.

Pode ser visitado A Q U I

domingo, 16 de setembro de 2007

Mania da importância!


Hoje, arranjei paciência e teimosia e decidi demonstrar ao “papelito”, aquele que de há uns tempos se andava a esconder de mim, que o iria encontrar, custasse o que custasse.

E custou!

E como ainda está a custar!

De vez em quando, lembrava-me que o tinha por aqui, que precisava de o ler, e lá lhe dava uns minutos e leituras a outros papéis, em diagonal, que me apareciam no caminho, postos por ele, só para me confundir na procura.

Não! Hoje ele vai ficar a saber que não é assim tão importante e esperto como isso, pensei. E se bem o pensei… mais depressa passei ao ataque.

Estratégia montada, iniciei a guerra.

Horas depois, muitas horas, horas demais para a importância a que o papelito se arrogava, encontrei-me com cinco sacos de plástico cheios de revistas e envelopes e originais e cópias e fotocópias e impressões da net, que ao seu tempo teriam super-importância, depois de terem sido o melhor rasgados em bocadinhos que foi possível fazê-los, por vingança e raiva por o papelito continuar a brincar às escondidas comigo, e depositei-os no local que esperava por eles há muito: o contentor do lixo.

Tomem lá para aprender!

Sempre que acabava de ler em diagonal uma revista, um papel daqueles prestes a ir para o plástico em bocadinhos, perguntava-me porque foi que ele se tinha sentido tão importante para estar a ocupar o espaço que me falta neste pequeno apartamento, alguns há mais de três anos!

Depois de chegado da última leva de papelada ao contentor, olhei para uma das pastas e… dei, com quanta força tenho, com a palma da mão na testa e com esta na parede, muitas vezes, até doer tanto que tive que parar, não tivesse que ir parar ao hospital por causa de um papelito sem importância nenhuma.

Finalmente sabia o que tinha feito ao papelito.

E disse para com os meus botões, dentro de pouco tempo lá vais andar também à procura de umas papeladas, que se tornarão importantes, mas que foram parar ao mesmo sítio para onde levaste o papelito importante, num dia como este, algures na última limpeza e rasgadela de papelada: no lixo, quiçá já multi-reciclado.

É a vida!