sábado, 15 de setembro de 2007

Irmãos Pis: a Jeanneken e o Manneken.

Embora o dia nacional da República do Chile só seja a 18 de Setembro, o Manneken Pis esvaziava a bexiga “à chilena”, hoje, em jacto permanente como é o hábito deste boneco bruxelense.

No entanto, ontem, urinava a conta-gotas. Foi o dia da sensibilização à despistagem precoce do cancro da próstata.

Ao longo do ano, lá vai mudando de roupa dia a dia. Raramente se expõe a resfriados.

Aquele boneco leva milhares de pessoas ao cruzamento onde está a sua fonte.

O que nem toda a gente sabe é que também existe uma boneca a tentar fazer-lhe concorrência, embora lhe tivessem dado como morada um cantinho bem escondido!

Aqui está ela, a Jeanneken Pis, coitadinha, sempre despida.




sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Ficção



Naquele dia, em que entrando pelos teus olhos te ofusquei o coração, bateste à porta do meu e arrendaste-lhe todo o espaço disponível.

Há quanto tempo!

Os dias foram sendo sempre sofregamente vividos.

Umas vezes apenas pelas nossas almas que comunicavam com o melhor instrumento sem fios que tivemos - o amor - forte e de uma energia tal que qualquer outro aparelho depressa se derreteria sem apelo.

Outras, viajávamos pela nave mais rápida que o homem ainda não construiu, quando caíamos em cada uma das nossas células, vivendo séculos em segundos, e atravessámos os nossos universos até aos confins do infinito, onde vimos galáxias de maravilhosas cores inexistentes, estrelas onde dançávamos ao som dos blues que ainda não foram produzidos, pousávamos em planetas puros para descansarmos das horas das viagens que estavamos a encetar e poder, ao fim de alguns minutos, retomá-las sem nunca darmos carta de alforria aos segredos sussurrados sem uma única palavra, aos choques eléctricos que recebíamos quando nos tocávamos sem parar.

Ao fim de cada viagem, ficava-nos a certeza do recomeço no momento seguinte, incansáveis.

Mas o tempo passou e tudo foi sendo posto em causa. Ao amor, puro, juntou-se-lhe o egoísmo.

Dos sentimentos, pouco mais restam que cinzas a toldar a relação, saídas de um vulcão que ainda continua activo, vomitando lava escaldante montanha abaixo, como se fosse água cristalina a rolar pela face, afogando a tua ausência, em cada noite desta vida de tormento.

De manhã, o despertador toca em rotinas diárias sem fim.

Acordo.

Então vejo que mais um pesadelo passou.

A vida assim não existe.

É ficção!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Aveiro - escapadinhas.

As fotos não são minhas.

Foram-me enviadas por pessoa amiga que me autorizou a postá-las aqui no blogue (obrigado Selene).

Aveiro é a Veneza em Portugal.

Diria mesmo que em Itália existe uma Aveiro: Veneza.

A água alimenta o ambiente que ali se vive. Do mar à Ria, dos moliceiros às salinas.

Tempos houve em que, nas minhas férias, ano após ano (durante uns quantos), até conhecer quase todo o país continental, Aveiro era ponto obrigatório de paragem por mais que um dia, sempre que aquela região teve que ser atravessada. Algumas vezes, forçava a rota.

Deixo-vos as fotos e ESTE LINK, para quem quiser ler alguma coisa da sua história e, também, apreciar muitas e boas fotos.






























domingo, 9 de setembro de 2007

Tervuren – Escapadinha em revista.

Ainda o calendário informava que a Primavera iria começar a marcar presença dentro de dias, já um dia de sol digno de Verão abafou o Inverno em despedida.

Aproveitei (por aqui nunca se sabe quando se repete tal benção) e fui até Tervuren, uma comuna da Região Flamenga, da província Brabant, que faz fronteira com a Região Bruxelas-Capital.

A afluência de um grande número de bruxelenses, aos fins de semana, tem como destino o parque e, também, o Museu Real da África Central.

Eu, quando para lá me dirijo, vou por isso, especialmente para “esticar as pernas” cansadas de uma semana, pelo parque e a floresta que o rodeia (já visitei o museu duas vezes), mas também pelos gelados que se servem na geladaria que fica ali “à mão de semear”, pronta a repor as energias gastas no passeio.




Tenham um boa semana.