quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Mas que tristeza de vida deve ser!


Não sei se prestaram atenção a um artigo saído no dia 12 passado, no caderno Ciência do DN (link) sobre a descoberta de formigas assexuadas.

A mim, que tenho sido bombardeado com uma das novas novelas nacionais – casamento entre pessoas do mesmo sexo – saltou-me aos olhos... porque sim.

Não vou falar deste tema, que tem base na discriminação que essas pessoas alegadamente têm sentido por falta de protecção legal a nível patrimonial quando, após uma união de facto por não ter havido/er a possibilidade de se casarem, surgem eventos que deveriam fazer aplicar as mesmas regras que aos casados, nomeadamente quanto à herança ou partilha de bens. Para mim, formiguinhas à parte, isso será uma “pega de caras” que está a ser feita ao alargamento da instituição "casamento" aos homossexuais. Direi apenas que é uma corajosa pega de caras... feita ao rabo do bicho. Ficará para outra altura este tema.

Adiante.

Basicamente, diz-se então naquele artigo do DN, sob o título: “RARO – Formigas reproduzem-se e vivem sem fazer sexo”, que há uma espécie de formiga assexuada – a “Mycocepurus smithii” – e que, por conseguinte, a manutenção da espécie é efectuada sem o recurso a machos. Aliás, assegura-se que os mesmos são inexistentes.

Mesmo com alguns machos encontrados, aparentemente da mesma espécie, após cuidado exame concluiu-se serem da espécie “Mycocepurus obsoletos”.

Que raio de coincidência no nome que escolheram para apelido desta família que usa machos para se multiplicar! Ao que parece, mesmo obsoletos, ainda restam alguns machos por lá.

À maioria humana resta a consolação de que espécies assexuadas são raríssimas na natureza.

A mim, pelo menos, consola-me.

Só que, agora, jão não posso dizer, com a mesma convicção com que o fazia:

“Até as formiguinhas gostam!”

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

De regresso. Vamos a 2010?

Como vejo 2010 para Portugal: - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Uma esguia esperança tenta entrar pela estreita janela azul de - -
oportunidades que se vai encerrando com nuvens cada vez mais -
densas. Enquanto metade da esperança se mostra negra aos - - -
nossos olhos, a outra metade recebe um envergonhado feixe - - - -
de luminosidade. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Espero que seja esta face a vencer. - - - - - - - - - - - - - - -
Regressei depois de dois períodos de férias.

Um, de 3 semanas, a que me dediquei e que dediquei ao meu computador pessoal, que ele também já precisava.

Outro, de uns quantos dias, que o computador resolveu dedicar-me num gesto de vingança ciumenta pela longa ausência, misturada com laivos de amnésia alzheimeresca propositada (penso eu). Esqueceu-se da password de entrada no sistema, coisa que raramente utiliza. Talvez por isso mesmo.

E com a minha habilidade informática comprovada, nada mais me restou que procurar um médico que o ajudasse. Lá fui e, quando o encontrei, em menos de cinco minutos, o sofrimento a que o computador me submeteu... foi-se. Ah santa ignorância!

Férias de duas semanas ou mais, para mim, soam ou a praia e sol e mar ou a esquis nos pés.

Desta vez, nem uma coisa, nem outra.

Calor para praia... nem imaginá-lo, que não havia condições. Já de neve para apoiar os esquis não posso dizer o mesmo. Apanhei muita, e com muita, onde menos me apetecia vê-la e tê-la: nas estradas.

Enfim, estas acabaram-se. Há que iniciar o novo ano, o da despedida a Bruxelas, logo agora que me estava a dar bem com este país.

Não sei porquê, nem se vos acontece o mesmo, mas parece que o saber-se que se vai perder algo... induz-me um sentir de que até essas coisas menos boas parecem ser excepcionais.

Vou, pois, saborear os últimos goles (entenda-se semanas) deste centro europeu, e prometo (para já sem ser à político) que virei com mais frequência a este canto.

Um agradecimento aos que teimaram em vir bater a esta janela.