sábado, 18 de abril de 2009

É Primavera em Bruxelas.


Mosaicos no Parque do Cinquentenário - Bruxelas

"Mosaïques des arcades du Cinquantenaire - Bruxelles"

Entre cada duas colunas do peristilo semi-circular das arcadas do Parque do Cinquentenário que ladeiam o Arco do Triunfo (triplo arco), existem painéis de arte musiva.

Os mosaicos, que inicalmente me pareceram pinturas (frescos), não despertam a atenção a muitos dos que por ali passam, quer porque se encontram num plano muito elevado, quer pela falta de luz natural. Raramente o sol tem um percurso que as ilumine, especialmente um dos lados.

Os artistas convidados a decorar as paredes com o tema geral «A glorificação da Bélgica pacífica e heróica», todos do movimento do simbolismo, foram:

- - - Constant MONTALD (Gand, 1862 - Bruxelas, 1944);

- - - Albert CIAMBERLANI (1864 - 1956);

- - - Jean DELVILLE (Louvain, 1867 - Forest-Lez-Bruxelles, 1953);

- - - Emile VLOORS (1871 - 1952);

- - - Omer DIERICKX (1863 - 1939);

- - - Emile FABRY (Verviers, 1865 – Woluwe-Saint-Pierre, Bruxelles, 1966),
e (parece)
- - - Carte ANTO, ou Anto-Carte (Mons, 1886 – Ixelles, 1954).

Para saber o que é e onde fica o Parque do Cinquentenário, em Bruxelas, clique A Q U I.



sexta-feira, 17 de abril de 2009

Michael Moore em Cuba

Visitei Cuba, há um bom par de anos.

Sei que a vida, por lá, não é fácil. Pelo menos, não era.

Um maravilhoso património histórico urbano a desfazer-se por falta de manutenção, carências de produtos de segunda ou terceira necessidade, para não dizer de luxo, que "obrigavam" alguma população (especialmente as mulheres quanto aos produtos de beleza) a sujeitarem-se a um comportamento de pedintes (para não dizer mais), a dualidade da moeda corrente e dos preços, um aperto político à liberdade empresarial que começava muito antes de se poder chegar a essa fase, etc.

Mas um povo afável e educado, no mais amplo sentido que a palavra educação pode ter.

É a minha opinião, claro, e congelada ao período que lá estive (por uma semana e pouco).

Podem-se atribuir os motivos da "pobreza" (pelo menos segundo o nosso conceito) à ideologia política aplicada pelo regime, ao bloqueio tecnicológico e económico americano, levado para lá do que é publicamente falado, aos tentáculos político-geográficos dos EUA que abraçam a ilha e teimam em a não perder, aos recursos naturais, ou à falta deles, ao clima quente que amolece a vontade de trabalhar, ao povo, enfim.

Penso que de tudo um pouco poderá ser a razão. Mas o facto de terem escolhido aquele regime político naquela localização geográfica das Caraíbas... é para mim o mais preponderante.

Desde há muito, no entanto, que entre algumas mais a área da medicina cubana granjeia admiração em algumas latitudes. Portugal, pelo menos na área da oftalmologia, tem tido a sua experiência. Pelos vistos, positiva e para continuar, tendo já obrigado os recursos nacionais a tentarem melhorar as respostas.

Mas ver americanos a ficar também siderados pela capacidade técnica da sua medicina... é obra.

Notem a parte das idas às farmácias e que toca nos preços dos medicamentos. Até parece que vem agora a propósito para nós (portugueses e Portugal), este documentário efectuado lá para os idos de 2007, em Cuba, por americanos.