quinta-feira, 16 de agosto de 2007

“O Rei" ...

... ou, por extenso, “O Rei do Rock”, passou a ser o nome daquele que era baptizado por ELVIS Aaron PRESLEY.

Hoje é data a lembrar o Rei do Rock. A 16 de Agosto de 1977, em Memphis, Tenessee – USA, “Elvis the Pelvis” deixou de ver este mundo. Desmaterializou-se. Passou a sobreviver até hoje nos DVDs e CDs. E na rádio. Pela Bélgica, tem estado a passar desde há umas duas semanas, ligado ao evento que hoje se comemora.

Pertenceu ao grupo que o POETA cantou como "aqueles que se vão da morte libertando", mesmo que o Rei fosse, progressivamente, caminhando para ela a uma vertiginosa velocidade.

Não podia deixar de me associar a esta comemoração, recordando-me de filmes que enchiam salas, nem tanto pelas performances cinematográficas do artista principal mas, pela mão cheia de "belezuras" que lá se viam. Na tela e nas salas. E da música que se escutava e via.

Era a forma de publicitar a música, num tempo em que não havia vídeo-clips. Nem havia vídeo, nem clips, nem tv, nem computadores.

Com ele e mais uns poucos se iniciou a Revolução Cultural e Política Global. Anos cinquenta, que se prolongou pelas décadas seguintes.

Eis O REI:






domingo, 12 de agosto de 2007

Gaivota


Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa,
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.


Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
morreria no meu peito,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.

- - - - - - - - - - - Poema: Alexandre O'Neill
- - - - - - - - - - - Voz: Carlos do Carmo