sexta-feira, 24 de julho de 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Pedra filosofal do PSD

Hoje li no jornal “Público” (entre outros), que o PSD vai apresentar um programa eleitoral “minimalista”.

De imediato me lembrei de como têm sido fartos de promessas os programas dos partidos que, rotativamente, têm andado a cavalgar este passivo e pacífico povo luso de que orgulhosamente faço parte.

E assaltou-me a dúvida do que seria isso de programa minimalista, pequeno, simplista, exequível, ...

Será que é alguma antecipação, já certa, de que estas eleições estão ganhas e que, por isso, há só que assegurar linhas sintéticas e suficientemente abstractas para memória futura, para tudo ficar coberto e nada assumido, do mínimo ao máximo e, por isso, não haver falha possível a apontar na próxima corrida, ou é fruto de incapacidade de ir contra "a tal de crise” que ainda há poucos meses não existia, e muito menos era grave, mas que já começa a assentar nos discursos laranja da campanha pre-saborosa a governação?

Ufa, que lá vem mais do mesmo, para pior, já que não sendo o original, a cópia nunca sai melhor.

Entre um programa cheio de sonhos sob forma de promessas e um pífio de horizontes... venha o diabo e escolha.

"Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
"

terça-feira, 21 de julho de 2009

O dia 21 de Julho - em 3 momentos

1º Momento:

Hoje é o Dia Nacional de Guam, que é uma ilha no meio do Oceano Pacífico, a maior na Micronésia.

Vivam os “Chamorros” (naturais da ilha).

Guam foi espanhola, quando o português Fernão de Magalhães, às ordens de Castela, chegou a esse paraíso; foi americana em finais do século XIX; na II. G.G. foi invadida e ocupada pelos japoneses; e a 21 de Julho de 1944 os americanos voltaram à ilha para reocupá-la, daí o seu dia nacional.

Tem um estatuto híbrido: não é um estado federado dos E.U.A.; não é considerado como uma possessão (em “português pouco politico”, quer dizer, colónia); tem pois o estatuto de território não incorporado, mas sob jurisdição dos E.U.A., o que é outro eufemismo para a mesma realidade, penso.

GUAM é, também, nome de uma organização internacional de cooperação entre a Geórgia, Ucrania, Azerbeijão e Moldávia.



2º Momento:


Hoje é, também, o Dia Nacional da Bélgica.

Desde 1890 que é assim.

A 21 de julho de 1831, o primeiro rei belga, Leopoldo de Saxe-Coburgo, jurou fidelidade à Constituição e comprometeu-se a manter uma monarquia constitucional e parlamentar, marcando o início da Bélgica como país independente.

Não sei se pelas adicionais medidas de segurança ( o atentado deste ano à família real do país vizinho – Holanda, terá influenciado o acréscimo dos receios), ou simplesmente por me ser impossível romper pelo pequeno espaço deixado à multidão acumulada (que quanto a mim este ano foi menos que nos anos anteriores), não consegui ir até um ponto que me permitisse fotografar o momento da passagem do desfile militar pela tribuna real. Desisti. Mas ficam alguns olhares, onde a parte militar é prato forte e os "momentos militares veteranos", os que mais me fixaram.








3º Momento:



Que nestes dias me deixa, desde há alguns anos, com pouco espírito para festas.

Um dia, há-de acontecer-nos a todos. É a lei natural da vida.

Para ti fica esta flor.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"That's one small step for man, one giant leap for mankind."

Foto copiada daqui - - - - - - - - - -
Foi a 20 de Julho de 1969.

Já lá vão 40 anos!
Ufa, que vai em velocidade exponencialmente acelerada!

A corrida ao espaço, lançada por J. F. Kennedy, num tempo de guerra fria (só aqueceu para os outros), levou 3 americanos até à órbita da Lua, e dois "alunaram" no Mar da Tranquilidade.

Hoje, vai haver evocação deste evento na net e jornais e TV e rádio, até à exaustão. Afinal, mesmo com eleições à porta, estamos em pleno verão.

Mas não podia, também, deixar passar o momento que vivi há 40 anos, onde muitos adultos e uns quantos jovens à minha volta se riam por eu estar tão crédulo nos relatos e comentários que se ouviam na rádio e se leram nos dias seguintes, recordando-me de como vibrei com o acontecimento.

Acreditei, desde o primeiro momento, na existência de viagens ao espaço, na possibilidade de o homem conseguir, por interesses político-militares também, mas por já se fazer sentir a necessidade de procura de novos espaços, nem que essa necessidade pudesse ter motivações mais inconscientes do que racionalmente programadas. Tal como me convenço, cada vez mais, que esta "Bolinha" maravilhosa que nos transporta não será eterna na sua capacidade de nos oferecer sustento e abrigo e, ao mesmo tempo, absorver e reciclar tanta agressão que lhe é inflingida. Claro que já não serei eu a sentir os piores efeitos de tanta agressão. Ou de que não seremos as únicas formas de vida inteligente (no conceito que é comummente aceite) em todo este espaço, do qual nem imaginamos a dimensão.

Hoje, 40 anos depois, ainda há humanos nesta nossa bola azul que não acreditam no feito, que acham que tudo não passou e não passa de mistificações e manipulações de imagens! Pior, que acham que ela, a bola azul, vai conseguir manter, "ad infinitum", este ritmo de desgaste a que actualmente a obrigamos, sem nos cortar o fornecimento de vida.

E não posso deixar de associar este evento aos que o precederam, desde os das primeiras idas ao espaço - ao cosmos, como dizem os do leste europeu - e das reportagens saídas sobre o sofrimento de cosmonautas que não conseguiam regressar à Terra, silenciado por uns e manipulado por outros, com recurso aos meios de comunicação de então: "Tenho frio, tenho muito frio", lia-se, palavras ditas por quem se encontrava literalmente perdido no espaço, para sempre, não para noticiar um desastre humano, mas mais uma derrota do outro lado, esquecendo os possíveis esforços que poderiam e deveriam ser feitos. Nesse aspecto, a nossa bola está bem melhor, actualmente.

E aqui cabe, também, uma palavra para aquele "Mestre da comunicação sobre a ciência do COSMOS", dos anos 70, que fez despertar o interesse de muitos para "o oceano" que é o Universo, onde navega este "nosso grão de poeira".
CARL SAGAN, pois claro, esse viajante do universo a partir de uma cadeira e de um estúdio.

Aos que desbravam outros mundos, como nós já o fizemos com este há 500 anos, dedico esta minha mensagem.