quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Como o tempo voa... !

Pois é.

O tempo não só voa, como voa montado num foguete que percorre este espaço à velocidade da luz. Até me parece superior, bastante superior, essa velocidade.

Foi ontem que publiquei isto num post. Alguns lembrar-se-ão.

Dia de S. Nicolau, dia forte por esta Europa do norte. Por aqui, é dia de prendas.

Foi ontem, no dia 6 de Dezembro de 2006 que publiquei o texto e foto que se seguem.

Foi ontem. Até amanhã, se ainda andar a percorrer este espaço.


"(Este é um post, tendencialmente, temporário).

Excepcionalmente, eu, AGRIDOCE, vou autorizar a postagem desta redacção, que me foi pedida pelo Zé. Que primária! Mas eu devo-lhe este favor, paciência.

Algures no tempo, pelas dez horas e trinta minutos TMG, de uma manhã de um dia seis de Dezembro, o Zé deu o “grito do Ypiranga” ao mundo.

Além desta foto, o Zé tem uma outra, tirada uns segundos antes desta, de que ele também se lembra bem do momento, mas que por razões de auto-censura do AGRIDOCE, não é publicada. Recorda-se de que lhe disseram para colocar um pé sobre a bola de futebol, acabadinha de receber como prenda, e para tirar a pila fora como se fosse fazer um xixi. Zás!!! Foto tirada para a posteridade.

Também diz que se lembra de, no Natal desse ano, terem oferecido ao irmão um carro de corda, vermelho, lindo, topo de gama no momento mundial da garotada. E de como ele, com o seu espírito curioso, num ápice de desatenção do irmão e adultos, irremediavelmente o desmontou para sempre, utilizando uma pedra, só para perceber como era possível uma coisa daquelas auto-mover-se.

Lembra-se como eram bonitas as estrelas num céu quase escuro de civilização eléctrica, de como era lindo o som do silêncio da noite, como os ouvidos das pessoas de então tinham tempo e conseguiam escutar os pássaros multicores e outros animais em regime de total liberdade, de como era luxuriante a vegetação, como as crianças cresciam sem perigo ao construirem muitos dos seus próprios brinquedos, sem o “Certificado CE”, ou trepavam árvores e muros, ou andavam de patins ou bicicleta, ou carrinhos de rolamentos, sem capacete ou outra protecção, ou jogavam futebol sem equipamento, normalmente até descalços (não fossem os sapatos dar direito a umas “bolachadas” bem dadas, ao chegar a casa), de como as famílias da povoação se reuniam e conviviam após o jantar e como aí, em franco convívio, se transmitiam estórias e conhecimentos, e também se aprendia, se educava, se formava.

Como era fácil apanhar facilmente na escola ao menor acto de falta de disciplina ou educação e, em casa, levar ainda com a sobremesa, sem que os pais fossem pedir explicações aos professores, como se faz agora, desautorizando-os. De como isso não era motivo para consultas de divã das criancinhas, coitadinhas! E até havia alguns professores a punir acima do razoável. Lá isso havia.

De como os relógios, nesse tempo, tinham outros andamentos.

De como a criançada conseguia sobreviver sem os MacDonalds, ou outras americanadas e iguarias de formar banhas em excesso.

Recorda, também, que nesse tempo ninguém falava do preservativo ou de educação sexual nas rádios (TV??? Isso era ficção, ainda!) e, nem por isso, a SIDA era uma música diária a matar ao segundo, ou havia mais abortos do que actualmente, ou sem que a falta desses mecanismos, chegado o momento, impedissem uma performance sem reparos. De como a generalidade dos jovens se apaixonava e caía de amores sem haver mais que muito namoro e beijos fugidios e algumas explorações titubeantes, sem que isso fosse fonte de infelicidade ou motivo para irem ao psicólogo, exemplar raramente falado e visto.

Como o mundo está desenvolvido, admira-se o Zé do seu berço!

Agora, as pessoas têm TV, cinema em casa, centros comerciais, ... onde muita gente se amontoa para andar sózinha ou “se passear” esquecendo o grupo com que saiu, mero instrumento de auto-exibição, onde se gastam as poupanças que não se fazem, mas que os créditos bancários sem fim ajudam a drenar! Ou fixam-se em frente ao ecrã do computador, brincando, mesmo com e de quem não querem.

Os espaços estão cheios de cimento e alcatrão e carros, que ocuparam os lares dos vegetais.

Como está diferente este mundo, dia seis de Dezembro, daquele mundo do dia seis de Dezembro!!!

O Zé gosta muito do dia seis de Dezembro.

--------------------------Bruxelas, dia seis de Dezembro,

-----------------------------------------------------O Zé"




6 comentários:

Anónimo disse...

Se hoje fosse Natal,dir-se-ia que o menino nasceu,mas não é e nasceu o Zézinho.

PARABÉNS BÉBÉ.

O sol é lindo,brilhante,mas desaparece todos os dias...
A lua vai mudando de face...
O arco íris apesar de colorido,só o vemos quando chove e nem sempre...
Escolho o mar,que é lindo e infinito...
Para te oferecer neste dia,juntamente com a minha amizade.

Sempre amiga

C.A.

Anónimo disse...

"L'indépendance ou la mort", c'est beau et crédible quand on est jeune et plein d'illusions après ça ce gâte un peu. Il y a 50 ans, l'homme n'avait pas encore marché sur la lune, depuis cet avènement notre monde a changé. En mieux ou en pire??? Peut-être en mieux, un ouvrier aujourd'hui vit aussi bien qu'un ingénieur en 1950, est-ce une bonne ou une mauvaise évolution? Les conditions de travail, la journée de 7h30, les congés payés, la lutte sociale pour arriver à de meilleures conditions de vie. De toute façon on n'arrête pas le progrès, la machine est en marche.
Il y a les avantages et les inconvénients de ce monde, à chacun de prendre sa part. L'être humain aujourd'hui ou il y a 50 ans, l'âme est la même, les sentiments les mêmes, l'humain dans toute sa splendeur reste le même. L'hypocrisie est peut-être plus flagrante, sous des apparences de fausse liberté à tous les niveaux, elle n'existe pas. Ce monde moderne qui nous promet beaucoup en réalité, reste le même. La vie en rose qu'on nous propose c'est d'avoir des quantités de choses, illusion illusoire. Parfois on nous prend pour des cons, d'avoir des quantités de choses inutiles, des foules sentimentales qui rêvons d'idéal.

Anónimo disse...

L’origine de Saint-Nicolas.
Saint-Nicolas est né à la fin du IVe siècle en Asie mineure dans la région correspondant à la Turquie actuelle. Il fut connu pour sa bonté et les nombreux miracles qu'on lui a attribués. Saint-Nicolas était l'évêque de Myre. De son vivant, Nicolas de Myre fut le protecteur des enfants, des veuves, des marins, des commerçants et des gens faibles. Il fut bienveillant et généreux. Il est décédé le 6 décembre de l'an 343 après J.-C., c'est pour cette raison que la fête de Saint-Nicolas est célébrée en cette date depuis plusieurs siècles.

xistosa, josé torres disse...

11 dias depois, dum outro ano, (certamente), outro Zé, vindo doutro mundo, apareceu neste rincão.
Foi mais um sagitário de enristar flechas.
Não o Sagitário centauro e que continua a refulgir no espaço.

Anónimo disse...

Genial, la foto.
La descubro ahora.
Bjs

Gi disse...

Querido Zé.

Sinto-me quase envergonhada por ter deixado passar esta data, deixo-te hoje os meus parabéns e votos que os anos vindouros te tragam,mais do que aquilo que desejas, aquilo que realemente precisas.

Ainda bem que o post temporário não foi tão temporário assim e ainda deu tempo para eu o ler. Conheci mais um pouco deste Zé que já foi minha companhia diária e de quem aprendi a gostar.

Tenho andado arredada deste mundo nos 2 últimos dias, chego atrasada mas nem por isso os meus votos são menos sentidos nem o meu beijinho menos doce.

PARABÉNS

Gi