domingo, 23 de novembro de 2008

Pouca-terra, pouca-terra, pouca-terra, ...

Fotos de "Os Nossos Kimbos". Obrigado Vitor. - - - - - - - - - - - - -
Ponte Comandante Álvaro Machado - - - - - - - - - - - - - - - - -
Caminho de Ferro de Benguela - - - - - - - - - - - - - - - - - -

As ideias são como as cerejas (não é este o ditado, parece-me, mas também é verdade).

Num outro local da net, alguém me fez lembrar o C.F.B. (Caminho de Ferro de Benguela) dos anos 60 e 70.

Máquinas a vapor produzido pelo aquecimento da água através do carvão e da lenha, de que se ia abastecendo em algumas das estações (tanto da água, como do carvão e da lenha), que a viagem até ao fim da linha era longa (cerca de 1.400 Kms), também em tempo (+/- 2 dias).

Para além dos combóios de transporte de pessoas, era uma linha dedicada maioritariamente ao transporte de mercadorias, que iam e vinham desde a cidade portuária do Lobito, até à fronteira de Angola no interior, Luau, e depois ligando-se à actual República Democrática do Congo e à Zambia.

Para além de ligações de muito curta distância, fiz duas viagens de ida e volta de umas centenas de quilómetros cada, nos tais combóios de passageiros.

Não sei porquê, mas ainda continuo a pensar que as viagens que se faziam naqueles combóios que vomitavam fumo e fagulhas, e produziam um som característico no esforço de vencar quilómetros e montanhas e das apitadelas inesquecíveis quando se atravessavam povoações ou cruzamentos rodoviários, é das viagens que mais impressões nos deixam marcadas na alma.

Restaurante a bordo, em que uma das carruagens lhe era dedicada em exclusivo, camarotes em que os assentos de couro se desdobravam em camas, gentes de todas as condições, muitas horas a bordo, paisagens virgens ou de intervenção agrícola, animais selvagens no pastoreio, pontes de betão ou de ferro, rios com forte correnteza de água ou de leito seco à espera de chuvas, muitas vezes a umas dezenas de metros lá bem abaixo, ...


E como as ideias correm ao sabor das cerejas, veio à mente esta canção, bem a condizer:


7 comentários:

Anónimo disse...

E como recordar...continua a ser VIVER...

Apenas numa só palavra transmito o que sinto:

OBRIGADA

xistosa, josé torres disse...

Bela homenagem a um Duo de "OURO" que nunca me canso de ouvir.
E esta, já estava fora do cardápio há muitos, muitos anos.
Que bom recordar.

O combóio ...
Aquela infernal maquinaria que VAI SER POSTA A FUNCIONAR !!!

Pelo menos foi o que li, que já estão em marcha os trabalhos para atravessar Angola de comboio e exportar os minérios dos países vizinhos.

Sempre disse que "duas linhas paralelas nunca se deveriam separar".
Quem as retirasse ou mandasse retirar,seria amaldiçoado e contrariado.
Foi o que sucedeu aqui no Porto com a linha dos eléctricos.
Tudo foi retirado e agora retornaram.
Angola vai ter novamente comboios e Moçambique, onde os havia com rodas de borracha, sim, alem das rodas de ferro, havia as de borracha (???).
Não sei para quê.

Estive ausente.
Desabou-me o mundo sobre mim.
Numa prova de esforço em tapete rolante, que faço regularmente, apareceram uns "picos".
O m/cardiologista mandou-me fazer análises e entretanto fui a Manchester, ver o m/filho, onde fiz alguns exames.
Foram inconclusivos.
Parece-me que quando se faz um enfarte, aumenta o número dumas enzimas no sangue.
Isto é mais fiável que o electrocardiograma.

O que aprendi, eu que nem consigo fixar o nome dos comprimidos que ando a tomar ...
Se fiz um enfarte foi como um tremor de terra de baixa intensidade.
Isto penso eu, porque para fazer um cateterismo, que já fiz e ter que ir á faca em Janeiro, já está marcado, só não sei o dia ao certo, (talvez a 19), para um bypass, algo vai mal no reino do m/coração.

Vou "desligar" e visitar algumas visitas, (é propositada a palinfrasia), que me costumam visitar.

Um abraço e até já!

AGRIDOCE disse...

ANÓNIMA/O,

É isso.

Reviver, voltando lá sem percorrer nenhum espaço, sem perder um segundo.

De vez em quando, para o futuro, prometo voltar às paragens de outrora.

AGRIDOCE disse...

XISTOSA,

Deu para perceber que tinhas ido para a "oficina", ou coisa assim parecida.

Com que então, andas a tratar das tuas linhas? Esta coisa de uma pessoa passar dos vinte, vinte, e tal ... é o que dá.

A vai férrea do CFB está em movimento. A recuperação vai andando mais depressa que a antiga máquina a vapor. E já me garantiram que do outro lado, também estão a preparar a recepção, o que é essencial.

Tive um colega de trabalho que veio de Moçambique e também me contou essa do combóio por lá ter, para além das rodas de ferro, normais, ter pneus de borracha.

Contágios da África do Sul, parece.

Explicou-me que a viagem se tornava mais confortável, em termos de vibrações e saltos, e muito menos barulhenta, já que os pneus ajudavam a isolar os sons de ferro com ferro. o problema era quando um pneu resolvia rebentar ou furar. O que, segundo ele, até era bastante usual.

Voltando à saúde, trata de ti, que para os combóios estou cá eu :-).

Hoje vim só carimbar a tua carta.

Amanhã, se já não puder ser hoje, vou lá responder.

Abraço.

claras manhãs disse...

Xistosa! que saudades
Não sei como perdi-me de ti

Estou como diz o Xistosa na primeira parte, sobre o Duo Ouro Negro.
Saudades....

beijinho grande, grande

AGRIDOCE disse...

CLARAS MANHÃS,

Estou meio pró baralhado!

Será que foi puro engano, foi lapsus-linguae, ou ... que terá sido?

Andas mesmo perdida :-))). Só pode ser!

Dois beijos muito maiores.

xistosa, josé torres disse...

Trocou as voltas à caneta ...
Chamou-te xistosa, dá para entender, anda perdida na voragem desta vida que nos escraviza.
Pelo menos eu sinto-me escravo do blog.
Só tenho pena de não perceber nada de computadores.
Conheço as letras e pouco mais.
A filho foi para Inglaterra, nunca mais volta.
Está a trabalhar para o serviço nacional de saúde inglês.
É dentista.
Agora, atende mais pacientes por dia que aqui quase num ano.
Mas se estivesse cá era como a m/filha.
Os pais são burros ... quando eram novos aprenderam a mexer em computadores, em gravadores, telemóveis que nos dão música e tiram-nos fotos ... e esqueceram tudo.
Eu também não tenho queda para isto.
Até para desligar o alarme dum relógio de pulso, levei-o a Manchester, quando fui fazer uns exames e ver o m/filho, para ele mo desligar.
Bem como um portátil que necessitava do programa para eliminar a publicidade e de pequenas coisas que são monstros para mim.

E em muitas coisas, "sou comandado" pelo Skype.
Mas só o consegui instalar no meu portátil.
Que no de secretária entrou em conflito com o G-mail e tive que eliminá-lo.

Eu sabia que eram uma espécie de amortecedores os pneus nos comboios.
Mas só porque as rodas seriam para o quadrado ... rsss, rsss.

Um abraço e
INTÉ!!!