sexta-feira, 17 de abril de 2009

Michael Moore em Cuba

Visitei Cuba, há um bom par de anos.

Sei que a vida, por lá, não é fácil. Pelo menos, não era.

Um maravilhoso património histórico urbano a desfazer-se por falta de manutenção, carências de produtos de segunda ou terceira necessidade, para não dizer de luxo, que "obrigavam" alguma população (especialmente as mulheres quanto aos produtos de beleza) a sujeitarem-se a um comportamento de pedintes (para não dizer mais), a dualidade da moeda corrente e dos preços, um aperto político à liberdade empresarial que começava muito antes de se poder chegar a essa fase, etc.

Mas um povo afável e educado, no mais amplo sentido que a palavra educação pode ter.

É a minha opinião, claro, e congelada ao período que lá estive (por uma semana e pouco).

Podem-se atribuir os motivos da "pobreza" (pelo menos segundo o nosso conceito) à ideologia política aplicada pelo regime, ao bloqueio tecnicológico e económico americano, levado para lá do que é publicamente falado, aos tentáculos político-geográficos dos EUA que abraçam a ilha e teimam em a não perder, aos recursos naturais, ou à falta deles, ao clima quente que amolece a vontade de trabalhar, ao povo, enfim.

Penso que de tudo um pouco poderá ser a razão. Mas o facto de terem escolhido aquele regime político naquela localização geográfica das Caraíbas... é para mim o mais preponderante.

Desde há muito, no entanto, que entre algumas mais a área da medicina cubana granjeia admiração em algumas latitudes. Portugal, pelo menos na área da oftalmologia, tem tido a sua experiência. Pelos vistos, positiva e para continuar, tendo já obrigado os recursos nacionais a tentarem melhorar as respostas.

Mas ver americanos a ficar também siderados pela capacidade técnica da sua medicina... é obra.

Notem a parte das idas às farmácias e que toca nos preços dos medicamentos. Até parece que vem agora a propósito para nós (portugueses e Portugal), este documentário efectuado lá para os idos de 2007, em Cuba, por americanos.

5 comentários:

Anónimo disse...

Agridoce,
gostei muito do filme.
Os cubanos são mesmo pessoas maravilhosas, e não digo isto por ter visto o filme, mas por outras rezões que quero alargar.
Fiquei mesmo emocianado.
HMB

Anónimo disse...

Adorei o filme.`
Espero que o povo Cubano consiga ter melhores condições de vida, sem que isso signifique perder o que de grandioso tem aquela ilha.
Já agora seria bom que os países ditos desenvolvidos aprendem-se alguma coisa com eles.
Obrigada pelo filme
FA

AGRIDOCE disse...

HMB
Há quanto tempo não passs por estes lados!
Venham as tuas razões sobre o que achas dos cubanos, como povo.
Abraço.

AGRIDOCE disse...

FA,
Vamos lá a ver se o "tufão" Barak consegue mudar a direcção dos ventos de ganância financeira que tem assolado o nosso planeta.
Mas os taipais para reduzir a velocidade... têm começar intra-muros estadunidenses.
Não agradeças o filme que, infelizmente, não fui eu que o fiz :-)))

Anónimo disse...

A isto se chama um verdadeiro seviço nacional de saúde, só possível de se encontrar naquela ilha, vá lá saber-se porquê?
Humildade, coragem e dignidade: