quarta-feira, 2 de julho de 2008

Revisão da CRP, precisa-se.


Temos à porta a "silly season".

Esta, que antecede os períodos eleitorais em catadupa que se aproximam, a bem dizer, ainda não começou, mas parece termos já os motores políticos a lançarem-se em aquecimento das gargantas, próprio dos momentos da "rentrée".

Lá vem o bombardeamento, de tudo quanto é lado, menos um, da crítica de que tudo o que foi e não foi feito pelo governo, e as promessas sem fim, de todos, que para boa tradição partidária é para esquecer e começar a desdizer logo no primeiro discurso após saberem que foram os mais votados, dos que vão prometer o céu sem tecto e sem fim e fazê-lo desabar antes de o começarem a erguer.

Começa a ser fastidioso todo este filme repetido periodicamente até à exaustão.

Tirem-nos este aquecimento global de políticas ditas e não cumpridas, que acontecem com tanta assiduidade.

Como, por um lado, continuo a defender a democracia, o “menos pior” sistema de todos os que se conhecem, e por outro lado, não me parece que o país tenha dimensão geográfica e humana para passar ao presidencialismo, deveria ser tempo de encontrar uma forma de dar mais estabilidade e maior profundidade às opções políticas dos partidos que se propõem ser governo neste nosso jardim à beira-mar plantado. Não pensarem tanto no imediato.

É tempo de, mantendo os mandatos presidenciais tal como estão, alterar os regimes do Governo e da Assembleia da República.

Quanto ao Governo, o Primeiro-Ministro deveria sair, como agora, da nomeação pelo PR, tendo em conta os resultados eleitorais e ouvidos os partidos representados na AR, mas com um mandato único, de até 9 anos.

Tempo suficiente para não andar a trabalhar para as eleições que se aproximam, mas para o país.

Quanto à AR, deveria haver eleições gerais a cada 9 anos e eleições intercalares para renovação de 1/3 dos deputados aos 3º e 6º anos.

Se houver governação que não agrade ao povo, o governo começa a sofrer da erosão do partido que o suporta e o 1º Ministro corre o risco de ter que se demitir e/ou ser corrido definitivamente.

E esta renovação parlamentar também pode permitir a melhoria da qualidade dos representantes do povo.

Reveja-se a Constituição da República Portuguesa! JÁ.

3 comentários:

Anónimo disse...

Nunca me tinha lembrado dessa, dos nove anos
és capaz de ter razão
Boa malha!

beijinho
Minucha

AGRIDOCE disse...

CLARA MINUCHA EM CASTELOS :),

Não são nove anos.

É até nove anos e só uma hipótese na vida.

Beijinhos

xistosa, josé torres disse...

NOVE, ( 9 ) anos ????
Chiça !!!!
Sete anos de pastor Jacob serviu,
labão pai de Raquel,serrana bela,
mas não servia ao pai, servia a ela, pois só a ela por prémio pretendia ...

Trabalham para eleições e como não digo asneiras ... que vão trabalhar !
4 anos já chega para mostrarem o que não valem.
Não são só estes, são os que têm passado pela vitrine da Assembleia, onde nem o cu sentam.
Pobre país que está retalhado por carniceiros sedentos de sangue ...
Um bom fim de semana.

Com a explicação, qualquer estúpido vê as fotos ... foi o que estive a fazer ...