domingo, 12 de outubro de 2008

Inocência e pena de morte

Anda no ar um aroma a Outono, com a luz de um Verão fugido e o ar fresco do Inverno que espreita.

Ontem, saboreando o nevoeiro que caiu sobre Bruxelas e aqui permaneceu - logo após duas horas de sol ao iniciar o dia, resolvi meter-me em espaços fechados.

Mexendo ora nos DVDs, ora nos CDs de música, ora nas novidades informáticas, ora nos livros, e eis que duma prateleira da FNAC me saiu um de John Grisham que não fazia parte da minha colecção.

Como sabem os milhares de atentos deste blog, sou viciado na leitura de Grisham.

Hoje, com talvez o último dia de “quase Verão” por estas paragens, qual autêntico verão de S. Martinho que, talvez, não se venha a ver, resolvi, após o almoço, dirigir-me ao parque que fica aqui quase dentro do meu apartamento, o Parque do Cinquentenário, sentar-me um pouco ao sol (para que a minha pele não se esqueça do que isso é) e começar a leitura.

Não sei que antes a minha companheira inseparável dos fins de semana - a Sony Alpha - me lembrasse de que seria bom registar o sol desta tarde.

Se bem me lembrou, mais depressa vos deixo alguns instantâneos.

Aqui, uma das aves que embelezam as noites e madrugadas desta cidade, com o seu cantar, tão melodioso.
Penso que é uma pêga. Será?



De um e outro lado do Arco, no Parque, há um mundo de gente a apanhar sol...



... enquanto outros se divertem.


O livro - “The innocent man” (O inocente), cuja leitura ainda está no começo, promete.

O tema é desenvolvido a partir de episódios da vida real de dois amigos condenados à morte, com uns quantos anos passados no corredor da morte.

O título do livro indica o erro que foi a condenação.

Pelas primeiras páginas do livro, o romance promete demonstrar como o princípio da inocência e como a pena de morte, em certos Estados dos E.U.A. defendida como a medida justa para certos crimes, são muitas vezes ilusões e permitem que erros na justiça aconteçam no “país de liberdade(s)” e que levem inocentes a pagar com a vida ou, pelo menos, e com muita sorte, anos de retiro forçado da vida em sociedade.

(Quando da outra vida deste blogue, dediquei um post a este tema, quando se debatia um dos casos semelhantes a este numa Organização Internacional que se dedica a esta causa.)

Nas notas ao livro, o autor descreve como, numa sequência infeliz para alguém, se pode apanhar em turbilhão com agentes de polícia criminal, promotores, advogados de defesa e de acusão e, até, de juízes que se deixam enredar no formalismo de convicções acumuladas em erros que se cometem em catadupa.

O que se passará nos outros países deste mundo em que vivemos, mesmo naqueles onde não há pena de morte?!

Promete.

Vou até ali ao lado continuar a leitura.

Inté.

2 comentários:

Anónimo disse...

a pena de morte é matar ,um acto horrível

Maria Amorim disse...

Aquele pássaro lindo é uma pêga.

Aqui nos Arcos também há imensas.

Beijinho
Dete