Gaivota
Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa,
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
morreria no meu peito,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
- - - - - - - - - - - Poema: Alexandre O'Neill
- - - - - - - - - - - Voz: Carlos do Carmo
14 comentários:
Hello!
Passo por aqui e o que vejo...
O rapaz anda melancólico!
O melhor é deixar-te aqui uns Tchusses valentes, ó tunga dois...
**bj
Toma, ficas com 2 coments que é para dares o desconto aqui à loira...
(já estou desabituada destas lides..)
TCCCCCHHHHHUUUUSSSSSEEEESSS!!!
Caro agridoce
O céu de Gent
A cidade Gent tem escrito a história de Flandres. Os habitantes desta cidade tinham forçados muitos privilégios dos soberanos. Uma pré-democracia, as cooperações tinham voto forte na direcção da cidade e muitos monarcas deveram aprender às suas custas que não podiam rir com os seus súbitos rebeliões. Adoro principalmente os canais e os seus edifícios de vários séculos, unido numa harmonia perpétua. Da estação para o centro histórico leva a pé dez e tal minutos. Cumprimentos
Preparava-me para deixar aqui, só, um desejo de felicidades para a gaivota, quando reparei na referência a Gent. Que conheci e, também, fiquei espantado. Desde logo com as, inúmeras, igrejas que rodeiam o canal. Que dão uma impressão de força absolutamente teutónica. Ouvi um concerto de orgão, ou cravo eletrónico, numa delas que me extasiou. E me fez esquecer o almoço. O que dá uma excelente lembrança, a dor-de-barriga, da visita a essa cidade lindíssima. A Flandres profunda.
Não vou comentar as gaivotas, porque na minha cidade são uma praga.
Em lisboa não o serão?
Ainda por cima são uma porcalhonas, não usam cuecas e cagam os carros todos. E é cada pastelão.
Estou longe, num computa emprestado, para poder fazer umas visitas e convidar para uma paella de marisco e um "Barbadillo" blonco, semi-dulce, fresquíssimo.
Ainda estou com os pés debaixo da mesa e num computa emprestado, para poder fazer umas visitas.
O dono já ressona, pois a pinga tem 14º ... Ainda bem que há alguém que não sabe beber e de certeza, amanhã, não chegará aqui.
Cumprimentos e um abração.
Talvez a 21 já esteja operacional a 100 %.
Não escrevi Lisboa com maiúscula, por menosprezar a capital, sendo nato do Porto, é mesmo erro, dos que gralham o nosso dia a dia.
Estou novamente em liberdade condicional e vim espreitar.
O calor arrasa os corpos e não deixa pensar em condições.
Ontem nem falei no Poema e na voz que lhe dá cor, pois acho que não merecem o meu testemunho, são grandiloquentes, para a insublime xistosa.
Bom mês de Agosto, pois hoje o banho foi só com a vista.
As ondas alterosas, limparam a praia e todo o areal.
Amanhã será um novo dia!
Um até à vista!
Não sou capaz de comentar este post.
Desculpa
Beijinho
ANINHAS,
"Bons olhos te vejam"... por cá.
Obrigado pela visita e pelos dois comentários que souberama três :)).
Irei visitar-te e voltar a dar-te lugar ali ao lado, que o mereces.
Bjs
ALFACINHA,
Foi bom ver um comentário de Gent num post de Lisboa. Porque, como se sabe, estão muito mais ligadas do que parece à primeira vista.
Vou agendar uma ida de "repórter fotográfico" aquelas paragens.
MARX,
Um destes dias vou "plantar" por aqui umas fotos de Gent.
Obrigado pela visita.
XISTOSA,
Já estava a sentir a falta dos teus comentários ácidos ;)).
Que o dia 21 chegue depressa.
MARTA,
O post foi deixado num momento em que o meu espírito cantava de saudades por Lisboa. Só isso.
Por isso chamei o O'Neil e o Carlos do Carmo para me acompanharem.
Não comentes à força, que a obrigação não faz parte (ou não devia fazer) da blogosfera.
Acontece que tenho andado com os dedos lentos e as teclas do computador escorregadias a escaparem-se-me dos dedos, pelo que não tenho feito muitas visitas por aí e acolá, e menos ainda deixo rastos escritos.
Obrigado pela visita.
Beijinhos
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